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Audi RS6

Audi RS6

O Sedã Executivo com Coração de Supercarro Italiano.

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História do Audi RS6

A Primeira Geração (2002-2004): A Conexão com a Cosworth

No início dos anos 2000, a Audi decidiu desafiar o domínio do BMW M5 e do Mercedes E55 AMG no segmento de super sedãs. O resultado, lançado em 2002, foi o primeiro Audi RS 6. A chave para sua performance estava sob o capô: um motor V8 de 4.2 litros biturbo. O que o tornava especial era que seu desenvolvimento foi uma colaboração com a lendária empresa de engenharia britânica Cosworth, que na época era propriedade da Audi. Este motor produzia 450 cavalos de potência, distribuídos para as quatro rodas através do sistema de tração integral quattro, uma vantagem crucial sobre seus rivais de tração traseira.

O RS 6 da geração C5 também foi pioneiro na introdução do sistema de Suspensão Esportiva Plus com Dynamic Ride Control (DRC), uma rede hidráulica que interligava os amortecedores diagonalmente para reduzir drasticamente a rolagem da carroceria em curvas, sem sacrificar o conforto em linha reta. Visualmente, ele era notavelmente discreto. Apenas os para-lamas ligeiramente alargados, as rodas maiores, as grades em colmeia e as duas saídas de escape ovais denunciavam que aquele A6 de aparência executiva era, na verdade, uma máquina capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos – um tempo de supercarro para a época.

A Segunda Geração (2008-2010): O Monstro V10

Se a primeira geração foi um aviso, a segunda, lançada em 2008, foi um terremoto. A Audi, em um ato de glorioso excesso de engenharia, decidiu equipar o novo RS 6 Sedan com um motor que parecia pertencer a um supercarro italiano – e de fato, pertencia. O coração do RS 6 da geração C6 era um monumental motor V10 de 5.0 litros biturbo, uma unidade derivada do motor V10 de aspiração natural encontrado no Lamborghini Gallardo. Com dois turbos adicionados, este motor produzia impressionantes 580 cavalos de potência e 650 Nm de torque.

Na época de seu lançamento, ele tornou o RS 6 Sedan o carro mais potente já produzido pela Audi. A performance era avassaladora e quase surreal para um sedã de luxo que pesava mais de duas toneladas. Ele era capaz de superar a barreira dos 100 km/h em cerca de 4,5 segundos e continuar acelerando implacavelmente. E ainda assim, toda essa fúria estava contida na carroceria elegante e sóbria do Audi A6 daquela geração, tornando-o o "sleeper" definitivo. Apenas o som profundo e gutural do V10 e os discretos logotipos RS denunciavam a fera que se escondia por baixo.

O Legado

A produção do RS 6 Sedan da geração C6 terminou em 2010. Quando a Audi lançou a geração seguinte (C7) do RS 6, tomou a decisão estratégica de oferecê-lo exclusivamente na carroceria Avant (perua). O papel do super sedã de quatro portas na linha seria preenchido pelo novo e estiloso RS 7 Sportback. Com isso, a história do Audi RS 6 Sedan foi concluída.

Hoje, vários anos após o fim de sua produção, o RS 6 Sedan é um clássico moderno altamente cobiçado, especialmente a monstruosa versão V10 da geração C6. Ele é lembrado como o carro que estabeleceu a lenda do nome RS 6 e como a expressão máxima do "lobo em pele de cordeiro". Enquanto a Avant se tornou o ícone moderno, o Sedan permanece como o reverenciado ancestral, um símbolo de uma época em que a performance mais extrema podia ser encontrada no disfarce mais elegante e inesperado.